sábado, 31 de agosto de 2013

Universalismo Histórico: O Taoismo

Para ganhar conhecimento, adicione coisas todos os dias. Para ganhar sabedoria, elimine coisas todos os dias.

Lao-Tsé

Lao tze, Laozi, Lao-tse ou Lao Tzu são todas pronúncias ocidentalizadas para o título do misterioso personagem da filosofia antiga chinesa. Isso significa que Lao-Tsé não é um nome, significa "grande senhor" ou "velho mestre". O nome real de Lao tze seria Li Er ou Lao Dan.

De acordo com a tradição, ele viveu no século 6 a.C. Porém, há os que afirmam que Lao viveu dois séculos depois, em uma época conhecida como Cem Escolas de Pensamento.

Alguns Shiji, que são registros dos historiadores, que foram feitos pela dinastia chinesa Han, cerca de 400 anos depois da época de Lao-Tsé, trazem um pequeno relato sobre o pensador. Segundo o Shiji, Lao nasceu em Chu (atual Luyi), na província de Henan.

Cercado por mistérios, algumas lendas contam que Lao nasceu depois de uma gestão de oito meses, já uma criança de cabelos brancos. Viria daí o seu título, que pode significar tanto “velho mestre” como “criança velha”.

Atribui-se a Lao-Tsé a autoria da obra criadora do taoísmo, o "Tao Te Ching", ou Livro do Caminho e da Virtude. Junto com a Bíblia, esse livro é um dos mais traduzidos no mundo.

Lao-Tsé tornou-se uma das principais figuras cultuadas no taoísmo, que é uma mistura entre religião e filosofia de vida. Ele seria o autor da obra que criou o taoísmo, o “Tao Te King”, ou “Livro do Caminho e da Virtude”.

Porém, alguns pesquisadores modernos declaram que Lao nunca existiu, sendo apenas uma criação dos fundadores da escola filosófica (daojia) e da tradição religiosa daojiao).

Lenda ou mito, os ensinamentos de Lao ultrapassaram as fronteiras da China e o taoísmo se espalhou pela Ásia, sendo assimiladas como uma tradição de vida. Além disso, nos anos 1900, uma tradução do “Tao” em latim foi parar na Inglaterra, o que resultou na disseminação das palavras de Lao-Tsé no Ocidente e foram incorporadas, inclusive, na linguagem política.

É possível ver, hoje em dia, vários livros que resgatam o pensamento de Lao, mostrando a relevância de suas palavras, mesmo para que os duvidam de sua existência.


Fonte: UOL Educação










quinta-feira, 1 de agosto de 2013

#Re-Descobrindo o Brasil: "Cã do meio"


Campo do Meio é um município brasileiro localizado no sul do estado de Minas Gerais.



"Cã do meio"

"A minha casa fica lá de traz do mundo, onde eu vou em um segundo quando começo a cantar…" 

(Lupicínio Rodrigues)


História da cidade de Campo do Meio 

A região do sul de Minas teve parte de seu território desbravado pelas incursões das bandeiras-paulistas ou por ocupação determinadas por ordens governamentais ou motivos religiosos. Quanto a Campo do Meio, consta que, em 1906, terras de uma antiga fazenda foram doadas para formar o patrimônio de um arraial, pelos senhores Manoel Alves de Azevedo (ou Mário álvares de Azevedo), João Batista da Rocha (ou João Benedito da Rocha), Antônio Marques do Nascimento, Persiliano Marques e outros, tidos como primeiros moradores e fundadores da povoação.

Doados os terrenos, os próprios doadores se encarregaram do desenvolvimento do lugar, fazendo erigir a primeira capela dedicada ao culto de N.Sra. Aparecida, e, como de tradição, em suas cercanias outros moradores foram se instalando e construindo suas moradias. Mas o grande incentivo ao desenvolvimento municipal foi o incremento à atividade agrícola, com o aproveitamento da fertilidade do solo, depois consolidado pela evolução do setor industrial. Campo do Meio encontra nas riquezas agrícolas e na pecuária a base de sua atual economia.


Gentílico: Campomeiense

Formação Administrativa

Distrito criado com sede no povoado de Campo do Meio e esta mesma denominação por Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de de 1923; desmembrado do distrito da sede do Município de Campos Gerais. Por efeito da citada Lei, o Distrito de Campo do Meio figura no Município de campos Gerais. O Distrito de Campo do Meio foi instalado em 2 de março de 1924.

Em divisão administtrativa referente ao ano de 1933, o Distrito de Campo do Meio figura igualmente no Município de Campos Gerais.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936, 31-XII-1937 e no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938, bem como no quadro fixado pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938 para 1939-1943.

Em virtude do Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943 que fixou o quadro territorial para vigorar no quinquênio 1944-1948, o Distrito de Campo do Meio figura igualmente no Município de Campos Gerais.

Elevado à categoria de município pela Lei nº 336, de 27-XII-1948 que fixou o quadro territorial para 1949-1953, composto apenas de 1 Distrito, Campo do Meio.

Assim permanece no quadro fixado pela Lei nº 1039, de 12-XII-1953 para vigorar em 1954-1958.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960
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Fonte: IBGE



 
"Cã do meio" tem como um dos seus principais pontos turísticos o calçadão do Lago de Furnas. A cidade é beneficiada pela natureza, pois muitas são as cachoeiras e trilhas entre matas e cerrados que podem ser visitadas durante todo o ano. Destaca-se também, uma montanha conhecida popularmente na cidade como Serrinha do Amargoso cujo cume esta a cerca de 1000 metros de altitude tendo em seu topo uma estatua do Cristo Redento , de onde é possível observar toda a cidade e grande parte de sua zona Rural.








Vídeo com Hino da cidade de Campo do Meio – MG


segunda-feira, 13 de maio de 2013

125 anos da abolição da escravidão no Brasil

A lei assinada pela princesa Isabel não modificou a condição de vida dos negros libertos.
Contexto Histórico

    No início da colonização do Brasil (século XVI), não havia no Brasil trabalhadores para a realização de trabalhos manuais pesados. Os portugueses colonizadores tentaram usar o trabalho indígena nas lavouras. A escravidão indígena não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se posicionaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Logo, os colonizadores buscaram uma outra alternativa. Eles buscaram negros na África para submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia. Foi neste contexto que começou a entrada dos escravos africanos no Brasil.



Como era a escravidão no Brasil

    Os negros africanos, trazidos da África, eram transportados nos porões dos navios negreiros. Em função das péssimas condições deste meio de transporte desumano, muitos morreram durante a viagem. Após desembarcaram no Brasil eram comprados como mercadorias por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e, muitas vezes, violenta.



Embora muitos considerassem normal e aceitável, a escravidão naquela época, havia aqueles que eram contra este tipo de prática, porém eram a minoria e não tinham influência política para mudar a situação. Contudo, a escravidão permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve o sistema escravista por tantos anos foi o econômico. A economia do Brasil contava quase que exclusivamente com o trabalho escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas. As providências para a libertação dos escravos, de acordo com alguns políticos da época, deveriam ser tomadas lentamente.



O início do processo de libertação dos escravos e fim da escravidão

    Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que defendia a abolição da escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos principais abolicionistas deste período.

    A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros, a partir de 1870.  Na região Norte, as usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de escravos. Já nos principais centros urbanos, era grande a necessidade do surgimento de indústrias. Visando não causar prejuízo financeiros aos proprietários rurais, o governo brasileiro, pressionado pelo Reino Unido,  foi alcançando seus objetivos lentamente.

     A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico de escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei.

    No ano de 1885, foi  promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos de idade.

    Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão em nosso país.


Fonte:HistoriadoBrasil.net



#Dica de Livro: 

Para um entendimento mais amplo sobre este fato na historiografia brasileira o Historismo recomenda a leitura da obra de Emilia Viotti da Costa: “Da senzala à colônia”. O livro coloca em evidencia todo o processo histórico que se deu até a assinatura da Lei Áurea do dia 13 de Maio de  1888.


Segue o documentário: Abolição 1988

Produzido em 1988, o documentário faz o resgate de 100 anos de abolição no país, através de um olhar preto. Entrevistas com personagens importantes para a preservação da cultura, como Abdias do Nascimento, Lélia Gonzalés, Beatriz do Nascimento, Grande Otelo, Joel Ruffino, Dom Elder Câmera em contraposição com D. João de Orleans e Bragança e Gilberto Freire. Um importante documento das ideias desses pensadores, como também de presidiários, mendigos e artistas populares na sua maioria negros. Questiona que tipo de abolição houve neste país já que a situação 100 anos depois continuava de muita luta, desigualdade e racismo.