Semana de comemoração da “Independência” do Brasil é marcada por forte resistência ao Golpe.
Por: Nito Costa
Após a manifestação do último dia 4, em São Paulo, que levou mais de cem mil pessoas às ruas contra o governo ilegítimo de Michel Temer, lideranças do movimento social e sindical, reunidas em plenária da Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, definiram nesta terça-feira (6) a data das próximas manifestações populares.
Nesta quinta-feira (8), um ato se concentrará no Largo da Batata a partir das 17 horas, e no domingo (11), a defesa da democracia, das novas eleições e do Fora Temer acontecerá novamente na avenida Paulista, a partir das 15h.
Sobre a ilegitimidade do governo Temer o Sociólogo, *Michael Löwy, reforça que o afastamento da presidenta Dilma não tem “nenhuma base jurídica, o processo contra Dilma foi armado em cima de pretextos ridículos e absurdos. A oligarquia brasileira – financeira, industrial, rural, midiática, jurídica, etc. – pôs em execução um golpe de estado pseudo-legal, através de seu instrumento político, o partido dominante que controla ambas as Câmaras, o PQB (Partido dos Quatro Bs: Bancos, Boi, Bíblia e Bala. Talvez deveria se acrescentar uma letra: C, de “Corrupção”. Tal e qual Paraguai e Honduras, países sofridos que quase nunca conheceram democracia. Para realizar seu objetivo as elites econômicas capitalistas armaram uma aliança de ferro com os setores mais reacionários, obscurantistas e retrógrados da sociedade brasileira: os campeões da misoginia, da homofobia, da intolerância religiosa e da pena de morte. O resultado é este governo Temer, monstrengo ilegal, ilegítimo, impopular e espúrio, cujo primeiro ato será reduzir o orçamento da educação e da saúde. O momento não é para lamentos, ou resignação, mas para a resistência. Tem agora a palavra um personagem que não foi nem ouvido, nem consultado, durante estes meses de “processo”: a população brasileira. É urgente organizar um amplo movimento, como o de 1985 contra a ditadura militar agonizante, em torno da palavra de ordem “Diretas Já”! Chega de conchavos parlamentares, manobras pseudo-jurídicas, e golpes de estados senatoriais. É o povo brasileiro que deve eleger o Presidente da República e não uma clique de políticos do PQB."
Sobre a imagem de capa da postagem:
A arte é uma montagem que circula nas redes sociais neste 7 de Setembro.
O quadro feito em 1888, atualmente no salão nobre do Museu Paulista da USP, é a principal obra do museu e a mais divulgada de Pedro Américo.
O nome original dessa tela é "Independência ou Morte" mas ficou conhecida como "O Grito do Ipiranga".
Sobre a imagem de capa da postagem:
A arte é uma montagem que circula nas redes sociais neste 7 de Setembro.
O original:"INDEPENDÊNCIA OU MORTE" ou
"O Grito do Ipiranga" de Pedro Américo (óleo sobre tela,
1888).
O nome original dessa tela é "Independência ou Morte" mas ficou conhecida como "O Grito do Ipiranga".
A tela mede 7,60 x 4,15 m, tratando-se de uma tela retangular que representa a cena de Dom Pedro I proclamando a independência do Brasil. Na tela também aparecem:
à direita e à frente do grupo principal, em semicírculo, estão os cavaleiros da comitiva;
à esquerda, e em oposição aos cavaleiros, está um longo carro de boi guiado por um homem do campo que olha a cena curiosamente.
Essa obra foi encomendada pelo governo imperial e pela comissão de construção do monumento do Ipiranga, antes que o Museu do Ipiranga existisse, e foi completado em Florença em 1888.
O artista se preocupava em estudar todos os detalhes de seus quadros, como roupas, armas e os tipos físicos das pessoas. Para a produção deste quadro, ele se dirigia freqüentemente ao bairro do Ipiranga para conhecer-lhe a luz, a topografia e outros aspectos.
Nenhum dos dois pintores representou com exatidão os fatos. Pedro Américo, atendendo à finalidade da encomenda, buscou construir a imagem de um herói guerreiro, criador de uma nação. Moreaux, talvez pensando nas revoluções de sua pátria, pintou um líder popular. ( Fonte: Centro de Referência em Educação)
*Michael Löwy é sociólogo, nascido no Brasil, formado em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, e vive em Paris desde 1969. Diretor emérito de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). É autor de Revolta e melancolia: o romantismo na contracorrente da modernidade, Walter Benjamin: aviso de incêndio (2005), Lucien Goldmann ou a dialética da totalidade (2009), A teoria da revolução no jovem Marx (2012), A jaula de aço: Max Weber e o marxismo weberiano (2014) e organizador de Revoluções (2009) e Capitalismo como religião (2013), de Walter Benjamin, além de coordenar, junto com Leandro Konder, a coleção Marxismo e literatura da Boitempo. Colabora com o Blog da Boitempo esporadicamente.
#Diretas Já!
#Fora Temer
Hino Brasileiro Fora Temer
Anexo
Assista: Diretas Já de 84