Por: Nito Costa
A qualidade da educação brasileira, ou a falta dela, é dos problemas mais discutidos em rodas e seminários Brasil a fora. A pena é que, infelizmente, a solução deste problema seja apenas discurso político e intelectual dos governos e entidades. O caso mais recente de agressão a professores ocorreu na ultima segunda-feira (25), quando estudantes apagaram a luz da sala de aula e jogaram uma lixeira que acertou o olho da professora de filosofia Maria de Fátima.
A agressão aconteceu na Escola Estadual (SP) Vilton Bicudo. Segundo o dirigente regional de ensino Celso Nicoleti: “É inadmissível que ocorra um fato como esse dentro de uma unidade escolar. Todos os procedimentos relacionados à apuração dos fatos ocorrerão”.
A Delegacia de Ensino abriu um procedimento disciplinar. Além disso, segundo Nicoleti, o colégio está convocando o conselho de escola, formado por professores, alunos, pais e funcionários para que tome providências. “Pode ocorrer uma suspensão ao aluno ou até mesmo uma transferência compulsória”.
Estou cursando Licenciatura em Historia e recentemente tive a minha primeira experiência como professor, comecei a lecionar no dia 15 de março, o dia em que se “comemora” o Dia da Escola no Brasil. O que pude observar, na situação de professor, é que infelizmente não teremos o problema da educação, em especial no estado de São Paulo, resolvido sem que se tome atitudes em relação aos alunos que desrespeitam o seu direito constitucional a educação.
Terminada a aula logo foi dado o sinal do intervalo, e os alunos, em fração de segundos, “abandonaram” a sala de aula e em minha reflexão pensei: “um aluno indisciplinado não pode ser um problema da escola e muito menos do professor”. Esta situação é um problema cultural no país, pois a família coloca o seu herdeiro na escola esperando que ele seja educado pelo Estado, quando isso se da no seu ninho familiar.
Creio que por parte do Estado este aluno teria que ser retirado do sistema de ensino escolar, no tempo de um bimestre, e direcionado a sua própria “família”, pois esta sim é responsável por sua indisciplina. Neste tempo o aluno estudaria paralelamente com a escola, tendo determinados estudos a fazer e só se apresentaria no dia da prova bimestral, quando voltaria para o ambiente escolar. Destarte, se o aluno insistir no erro cabe a escola repetir o processo de Educação Paralela. Com isso, os alunos que, de fato, querem valorizar o seu direito a educação estariam em condições para tanto.
Lógico que não é simples assim, mas trabalhada esta ideia, creio que poderemos evitar problemas que não cabe em um ambiente escolar, como o caso de agressão citado a cima. E em um longo prazo teremos os reflexos de uma melhora no sistema publico educacional brasileiro.
#FICA A IDEIA!
Link da reportagem: Professora é agredida por alunos
Segue um ótimo documentário brasileiro sobre o sistema educacional no país.
Doc. Pro
Dia Nascer Feliz, do diretor João Jardim, retrata a realidade das escolas públicas no
Brasil, do ensino básico ao médio, com relatos de alunos e professores que
vivem na periferia e enfrentam preconceito, violência, falta de estrutura e
apoio do governo para poder estudar, fazendo um parâmetro entre o ensino
público e privado.
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