segunda-feira, 30 de junho de 2014

#Redescobrindo o Brasil.

Viagem a São Sebastião do Rio de Janeiro.

Por: Nito Costa
     Aos 27 de junho de 2014, data em que comemorei 30 anos de vida, pude desembarcar em uma cidade que faz jus ao seu adjetivo universal: “cidade maravilhosa”. Depois de mais de 6 horas de viagem (viagem de ônibus, pois de avião “ta osso”), pude desembarcar no Rio de Janeiro. Já na rodoviária Novo Rio observava o Corcovado com a belíssima imagem do Cristo Redentor, logo pensei: vou a pé! Mal sabia eu o caminho que tinha que percorrer....
     Nos arredores da rodoviária encontrei uma “tiazinha” junto com uma criança – acho que seria seu neto-, vendo que não era “gringa”, pois a cidade estava repleta de estrangeiros, perguntei à senhora se daria para ir ao Corcovado a pé e ela me respondeu dizendo que eu deveria ir até o terminal municipal e embarcar em um ônibus que me deixaria no meu destino, pois a pé lavaria o dia todo. Contudo, eu e minha síndrome da perna inquieta não resistimos ao prazer de percorrer a pé aquela cidade.
     No bairro do Santo Cristo percorri vielas e avenidas até me encontrar na Avenida Presidente Vargas. Passei pelo prédio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e segui em frente até que me deparei com a passarela do samba carioca, popularmente conhecida como Sambódromo, na Avenida Marquês de Sapucaí. Ali parei e fiquei imaginando, de uma pequena praça, como seria viver o carnaval carioca... - isto ficara para uma próxima viagem!  
     Depois de muito caminhar estava eu nas escadarias do Morro do Turano, entre os bairros da Tijuca e do Rio Comprido, ali encontrei um morador que estava contemplando as belas imagens cariocas vistas do alto do morro, ao deleite de frutas e água, junto a uma criança – esta, julguei que seria sua filha. Já cansado, perguntei como faria para chegar ao Corcovado e logo ouvi o mesmo que a “tiazinha” havia dito, ou  seja, tinha que embarcar em um ônibus  para chegar ao meu destino. Ali, enchi a minha garrafa com a água do nobre morador do Turano e desci o morro e embarquei em um ônibus municipal (preço do ônibus: R$ 3,00).
                       
     Em resumo, mesmo com o alto valor cobrado para se chegar ao Cristo Redentor (uma media de R$ 57,00) e depois de 5 horas de espera - pois a fila era quilométrica, com, seguramente, mais de 80% de turistas-, consegui chegar às 20 horas no destino do dia e pude contemplar o Cristo, o Corcovado e todo a São Sebastião do Rio de Janeiro. Simplesmente incrível! Feito isto, volto para o asfalto e sigo de ônibus, direto para a Lapa, um bairro boêmio e muito festeiro... Entretanto, cansado e com sono, como um bom mochileiro, volto para a rodoviária para ali, mesmo contra a vontade da administração da rodoviária, eu e mais umas centenas de turistas dormirmos nos cantos internos da rodoviária Novo Rio.
     No dia seguinte, sábado 28 de junho, me preparo e sigo a pé direto para o Maracanã, antes que as autoridades bloqueassem os arredores do estádio. O Maracanã estava aberto ao público a partir das 12h30 para assistir em um telão a partida da Copa do Mundo de futebol entre Brasil e Chile às 13h, mas apenas para aqueles que tinham ingressos para acompanhar a partida das 17h, entre Colômbia e Uruguai, também no Maracanã. Mesmo de fora, o templo do futebol brasileiro é monumental!
     Continuando na caminhada, vou em frente seguindo as placas que indicavam Copacabana. Depois de 3 horas e vários litros de água ingeridos eu paro em uma padaria e peço um copo de café preto e sem açúcar (preço do café: R$ 1,80), pergunto a uma  atendente carioca como faria para chegar à praia de Copacabana a pé, ela sorri e diz que é melhor pegar um ônibus ou metro.  Faltando 15 minutos para começar o jogo entre Brasil e Chile embarco na estação de metro Estácio (preço do Metrô: R$ 3,50) e sigo até a estação Cardeal Arcoverde em Copacabana, já na saída do metrô ouço os gritos de felicidades dos brasileiros e afins em comemoração ao primeiro gol da seleção brasileira contra a seleção do Chile, (o primeiro gol foi marcado pelo zagueiro David Luiz, após receber um toque de Neymar do escanteio).
     Mesmo com as ruas repletas de turistas consigo chegar a Copacabana, e logo surgem gritos contidos de gol na FIFA Fan Fest na praia de Copacabana, era o gol de empate do Chile ainda no primeiro tempo, de Alexis Sánchez, que lavaria o jogo para a prorrogação e aos tão temido pênaltis. Ainda em Copacabana, prometi que se o Brasil vencesse o jogo eu entraria no mar de corpo e alma. Depois de uma tensão histórica para as 2 seleções, cumpro a minha promessa e entro no mar, comemorando a classificação do Brasil!!!
     Entretanto, sigo em caminhada para a Pedra do Arpoador com vista para Ipanema, ali pude entender de onde vinham tantas inspirações dos músicos e artistas cariocas. A cidade no inicio do entardecer vai se transformando com imagens que se confunde com o céu e curvas que só Oscar Niemeyer poderia retratar. A beleza natural da cidade do Rio de Janeiro se encontra com a beleza arquitetônica formando uma beleza mística. Todos no Rio de Janeiro tem a altura de seus olhos belas imagens para contemplar no fim dia.


     Seguindo por Ipanema chego ao Leblon Alto e ao Leblon Baixo, termino a caminhada e fico paralisado com as imagens em torno da Lagoa Rodrigo Freitas, – o que falar deste lugar...? Sem palavras.
    
     A quem puder, visite esta cidade, pois, contudo, o Rio de Janeiro continua lindo. A única certeza que pude trazer desta cidade foi a de que pra lá eu voltarei!
              
               Em quanto isso... aquele abraço!
           

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